Hoje venho postar minha entrevista com a TV UFOP no programa Plano Aberto sobre workaholic, você conhece?
Assistam!
https://www.youtube.com/watch?v=G_gjumPqTJM
Consciência e Liberdade
terça-feira, 24 de março de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
Ao homem que inventou sonhar
O limite e o impossível realmente existem, mas nem sempre são tão próximos quanto você imagina. É possível criar, é possível inventar, é possível enquanto aquele que acredita existir e não desistir. Seja um humano de coração aberto e alma plena, seja aquele que faz com que os outros acreditem que ainda é possível. Somos capazes de muitas coisas, só temos de escolher por qual caminho iremos trilhar.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Por que não?
Todos nos enfrentamos algumas situações ao longo do
dia que não possuímos respostas prontas ou atitudes concretas. Em geral, essas situações
são aquelas que nos levam a questionamentos sobre a nossa postura enquanto
pessoa ou sobre aquilo que acreditamos que seja certo. Esses eventos repentinos
afetam o nosso conceito em relação a nossa personalidade.
A maioria das pessoas considera esse acontecimento ruim,
sente a vivência como desagradável e evita a qualquer custo passar por ela.
Existe uma explicação simples para isso, os seres humanos enquanto mentes
conscientes tentam manter a estabilidade mental em um nível regular, algo que
esteja fora daquilo que já temos como parte de nós tira a homeostase
(equilíbrio) do ser.
Porém se esse fenômeno afeta a todos negativamente,
por que falar dele? Se é algo que não sentimos bem ao experienciar, será mesmo necessário
discutir o assunto? A resposta a essa pergunta é simplesmente: por que não?
Uma experiência negativa ainda sim é uma experiência,
um registro, uma memória de algo. Se não sentimos bem diante de uma situação
devemos observá-la com mais cuidado para saber o que não nos causa bem, qual
aspecto daquele momento específico causa o incomodo, a dor. Esse pensamento
parece estranho à primeira vista, observar aquilo que nos faz mal, mas é essa
observação que nos torna mais flexíveis, permite a pessoa passar por várias
situações sem aquele estranhamento, sem sentir algo errado. Abrir-se para algo
novo provoca uma amplitude da mente, um aprofundamento de si.
Sempre que se deparar com algo que lhe causa
resistência, que você não se sinta bem, pare por um momento e pergunte a si
mesmo: “por que não?”, se não conseguir um argumento que seja racional e
plausível o suficiente para te convencer que não deve fazer, apenas tente. O
máximo que podemos adquirir da vida é uma experiência que não deu certo, o
resto é ego ferido.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Em busca do mistério (Eu maior)
“Tudo um dia será nada e esse nada
será tudo que tanto procuramos encontrar”.
O filme documentário “Eu maior” é uma
iniciativa belíssima que reuni personalidades nacionais contemporâneas para
discutir questões relativas ao ser humano e também transcendentes a ele. Desde
as artes até filosofia pura, incluindo caminhos que passam pela ciência e
religião, todos têm voz para expor seus comentários, divagações e argumentos
sobre a vida, o Eu, a alma, o sentido da existência, a felicidade, entre
outros.
Através de monólogos que se tornam
diálogos com a câmera e as questões ali permeadas, tudo fica fluído, as visões
começam a criar pontos de convergências e se percebe que ninguém está longe um
do outro.
Tudo se conecta e tudo quando
trabalhado consigo mesmo através de outras percepções inclusas nos levam ao
aperfeiçoamento pessoal. Na vida ninguém para impune por nada. A vida seria um
autoconhecer contínuo através da expansão da consciência e da transcendência
metafísica. Para isso, atravessamos as grandes ondas do conhecimento humano: a
matéria, a vida, a mente, o espírito/individualidade.
A vida não tem sentido, o viver seria o
sentido. Viver seria uma eterna despedida. Seria nos transformar em algo
diferente do que fomos ontem e tentar ser amanhã algo além do que somos hoje.
Na mutabilidade do ser a vida é muito curta para ser pequena.
O ser humano deve aceitá-la dentro de
sua beleza, que implica nas tragédias, nas crises, na imperfeição. Aceitar que
tudo depende de nos livrarmos daquilo que não tem importância, daquilo que é
irrelevante e ficarmos atentos à consciência de que erramos, somos imperfeitos
e muitos vezes inadequados. Não nasci pronto e vim me fazendo. Durante esses
encontros e percepções surge a grande questão: “quem sou eu?”.
A esta pergunta cada um terá sua
resposta em particular. Mas é necessário discernir o problema, a grande questão
necessita de um olhar com consciência (um olhar presente) para a introspecção
de que o ser é a base do processo e o fazer é apenas um auxílio no percurso.
Manter em mente que nessa busca podemos nos tornar melhores em todos os
sentidos, para tentar sair da vida melhor do que entrou.
Cada um constrói seu projeto
individual, nessa jornada de crescimento pessoal, a pessoa encontra o que a
leva a introspecção (uma montanha, uma onda, um trabalho) para que possa olhar
com atenção (contemplar) a si mesma. Esse projeto apesar de ser individual só
pode ser realizado no contato com o outro, na convivência com as nossas
inúmeras relações que enriquecem e abrem espaço para compartilhar. O revelador
acontece num momento muito fugaz e só pode ser visto por quem está em movimento
diante de suas fronteiras.
Com a roda cíclica do homem girando
sempre mais, ele pode ser melhor sem sentir vergonha das várias pessoas que já
foi e sentir feliz pelas várias pessoas que será. Na existência, não importa
quem se é em si mesmo, mas a falta que faz para os outros, uma existência em
relação, em comunicação, assim, no fim de nossa passagem, podemos nos perguntar:
quem sou eu finalmente? E qual a importância que tive para os outros? Fui feliz
e trouxe felicidade?
Por fim, fica a questão da felicidade.
Ser feliz não é um estado de espirito, seria uma ação. Felicidade é autoria,
estar bem consigo e os outros, no lugar aonde se deseja. Alguns consideram se
desfazer de nossos desejos, dessa ânsia de falta que sempre nos mobiliza a
incessantemente querer algo. As pessoas esperam o tempo de serem felizes, no
entanto não existe uma estação e sim um maneira de viajar.
Essas são algumas das minhas percepções sobre o filme. Sua densidade e complexidade se encontra em outro patamar além disso. Minha
intenção é deixar alguns pontos que mais me chamaram a atenção. Vale muito a
pena ser visto. Abaixo do texto está o link para acesso no youtube.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
A Batalha
“O homem é uma tempestade dentro de si”.
As ocasiões e as fases do nosso próprio
desenvolvimento enquanto pessoas nos colocam em situações das mais variadas
possíveis e parece que o referencial para dizer se elas são boas ou ruins
somente pode ser avaliado após o acontecimento. Recentemente uma situação
ocorrida com uma amiga chamou a atenção para esse fato, que independe de como
ou quando, somos algumas vezes obrigados a entrar em contato com a nossa
tempestade e realizar mudanças.
Essa amiga desenvolveu um câncer. Esse tumor maligno
que vem de nossas próprias células a colocou em uma situação muito difícil,
sempre uma doença é uma batalha extenuante. A doença exige muito do ser, pois
ela nos combate no físico, emocional, psíquico, social. Porém, o que me chamou
a atenção nessa situação não foi o adoecer em si, pois quando ela se instala,
nossas opções são poucas, o que resta é tratar.
O que me chamou a atenção e me fez ficar maravilhado
foi sua postura diante do desafio, coloco nesse caso a palavra desafio que
parece que para ela nunca foi uma doença, ela tratava como um obstáculo a ser
superado. A sua luta foi incrível, cirurgia, quimioterapia, ela passou por tudo
e hoje se encontra livre do tumor inicial e o resultado dessa mobilização toda
também está na retirada de outros tumores da sua vida. Ela fez muitas mudanças,
alterou os rumos dos seus próprios passos, encontrou sua vontade de viver.
Neste momento, está linda, esbanja alegria, força,
desejo, superação. Na verdade, voltou a ser uma pessoa que havia sumido por
muito tempo, voltou a ter as características que chamavam a atenção nela. Mesmo
que pareça cruel, certas situações indicam que as doenças, tragédias,
dificuldades da vida tem sua utilidade, como se fosse o choque que faz nosso
coração voltar a bater depois de uma longa parada ou depois de um longo período
de ausência algo nos sacode e joga tudo para o ar. Quando uma doença se
instala, o que resta é tratar, talvez o que resta seja o mais importante.
Sempre o resto nos coloca numa zona de incomodo e mobilização.
Claro que ninguém quer que algo assim aconteça, mas
parece que não podemos ficar longe de nós mesmos por muito tempo. Se não damos
conta de nossas tempestades internas, elas podem se tornar bem maiores e suas
exigências também. O homem que não encontra consigo mesmo ao longo de sua vida,
pode ser obrigado em algum momento a bater de frente. O homem que não se
conhece, não sabe aonde reside o maior inimigo.
Se fosse colocar em outras palavras, eu diria: “pare
para pensar, antes que uma parede se coloque na sua frente e não sobre outro
caminho para seguir”. Se conheça um pouco mais, dê um tempo para você mesmo,
descubra aquilo que vem te fazendo mal ou incomodando. Canalize suas energias
em algum lugar antes que elas escolham seu lugar, encontre um equilíbrio para
si. E mesmo que seja muito, muito difícil, tente ver algumas coisas com outros
olhos. Nada no universo fica estagnado.
Depois da hibernação
Férias, descanso, mudança e tudo de uma vez só. Final de ano costuma ser uma oportunidade incrível para dilemas e resoluções. Sempre fica uma sensação diferente e com tantas coisas acontecendo, precisei tirar um tempo, mas para o que é bom sempre voltamos e retorno a casa novamente. Dessa vez mais. Para começar...
"O ser sempre transcende a aparência. Quando você começa a descobrir o ser que há por trás de um rosto muito bonito ou muito feio, se despindo de todos os seus conceitos internos, e de seus sempre existentes preconceitos, as diferenças tendem a desaparecer, até simplesmente não importarem mais".
William P. Young
Primeira missão do ano e já começa difícil.
Abraços.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Memória
Para viver, em muitas ocasiões precisamos abrir mão das nossas memórias e do nosso sofrimento. Se nos concentramos nisso, nosso mundo fica limitado e a nossa visão turva. É como se tivéssemos a possibilidade de segurar o mundo inteiro, mas mantemos uma única coisa na mão. O sofrimento se torna válido quando nos trás aprendizado e não quando deixa apenas a dor.
Frases pessoais
Em alguns momentos, penso, falo e escrevo frases que gosto muito de ler depois e decidi compartilhar. Principalmente quando tenho ótimas conversas.
"Amar é um processo livre, uma relação de e com escolhas."
"Deixar um pedaço de você pela pessoa que você ama, não quer dizer deixar de ser a pessoa por quem ela se apaixonou."
"O medo de perder nos tornar pessoas passivas, a mercê dos outros."
"Todos nós temos as nossas partes escuras, o pior não é as termos, mas não conhecê-las. Porque nesse momento não nos damos conta quando elas se manifestam."
"Não é um homem ou mulher que torna o outro incrível. São pessoas incríveis que se encontram para seguirem juntos e compartilharem suas forças, suas fraquezas, suas vaidades, seus erros. O mais importante é cada um aceitar a si mesmo e ao outro."
"Amar é um processo livre, uma relação de e com escolhas."
"Deixar um pedaço de você pela pessoa que você ama, não quer dizer deixar de ser a pessoa por quem ela se apaixonou."
"O medo de perder nos tornar pessoas passivas, a mercê dos outros."
"Todos nós temos as nossas partes escuras, o pior não é as termos, mas não conhecê-las. Porque nesse momento não nos damos conta quando elas se manifestam."
"Não é um homem ou mulher que torna o outro incrível. São pessoas incríveis que se encontram para seguirem juntos e compartilharem suas forças, suas fraquezas, suas vaidades, seus erros. O mais importante é cada um aceitar a si mesmo e ao outro."
Eu e a psicoterapia
Ás vezes eu me pergunto: o por que dá terapia?
Afinal, como um profissional que trabalha na área,
precisava de uma reposta que eu sentisse como
o bastante para mim, para me passar a confiança
de me comunicar com as outras pessoas
e isso sempre muda ao longo do tempo.
Como eu mudo, preciso que as minhas respostas
mudem comigo. E descobri através dessas mudanças
o porque da terapia. Todos nós seres humanos
nos perdemos em vários momentos da vida
e nesses momentos precisamos de alguém,
esse alguém não é aquele que nos mostra
o caminho para seguir. Ele nos acompanha
até reencontramos o caminho e trabalha conosco
os percalços que já passamos, vamos passar
e estamos passando. Quem deseja uma receita
pronta vá fazer um bolo, pois nós trabalhamos
é com pessoas e isso é um desafio
pelo qual vale a pena caminhar.
Afinal, como um profissional que trabalha na área,
precisava de uma reposta que eu sentisse como
o bastante para mim, para me passar a confiança
de me comunicar com as outras pessoas
e isso sempre muda ao longo do tempo.
Como eu mudo, preciso que as minhas respostas
mudem comigo. E descobri através dessas mudanças
o porque da terapia. Todos nós seres humanos
nos perdemos em vários momentos da vida
e nesses momentos precisamos de alguém,
esse alguém não é aquele que nos mostra
o caminho para seguir. Ele nos acompanha
até reencontramos o caminho e trabalha conosco
os percalços que já passamos, vamos passar
e estamos passando. Quem deseja uma receita
pronta vá fazer um bolo, pois nós trabalhamos
é com pessoas e isso é um desafio
pelo qual vale a pena caminhar.
domingo, 3 de novembro de 2013
Quando eu era criança
Recordo-me de muitos detalhes da minha
infância. Tive uma infância extremamente televisiva, banhada a desenhos. Minha
mãe sempre foi muito medrosa e possessiva, não me deixava sair de casa para
brincar com meus amigos, então a única companheira que sobrou foi a televisão.
Via todos os desenhos possíveis e era apaixonado com os super-heróis e com
aquele mundo de fantasia.
Batman, Superman, Homem-aranha, Power
Rangers, entre milhares de outros. A lista de desenhos que eu assistia era incrível,
foi a melhor babá que tive. Isso para uma criança que não saia de casa, quase
não tinha amigos e uma imaginação fértil era a receita certa. Eu vivia
imaginando coisas fantásticas. Sonhava em ser um super-héroi, desejava ter
super-poderes. Eu queria salvar as pessoas, criar um mundo melhor.
Era apenas uma criança de 7 anos de
idade e já queria salvar a humanidade, objetivo um pouco grande não acham?
Somente com super-poderes para realizar essa empreitada. Mas a medida que os
dias passavam, que eu crescia, a ideia ficava cada vez mais distante. Os
super-poderes não vinham, continuava com poucos amigos, minha vida televisiva
me colocava mais fechado em um mundo próprio.
Tive um grande período em que não
conversava com ninguém na escola, era da sala de aula para casa e de casa para a
sala de aula sem abrir a boca para falar nada, tinha vergonha até de fazer
perguntas ao professor. Enquanto isso, meu mundo pessoal existia com muita
fertilidade. Acho que aprendi a sonhar com a minha mãe e me tornei um grande
sonhador. Tinha histórias completas na minha mente, meus poderes variavam em
grande quantidade. Em cada história podia fazer uma coisa diferente, ajudar
alguém diferente.
A realidade é um fermento poderoso
para quem quer ter poderes, afinal o mundo é cheio de coisas erradas e
sofrimento. Os telejornais me davam material de sobra. As mazelas da nossa
sociedade são inúmeras e as dores são variadas. Foram muitas narrativas e o
tempo continuava passando, nem meus sonhos podiam barrar a força da realidade e
as cobranças que essa me fazia. Mais cedo ou mais tarde nós temos que crescer e
assumir uma postura no mundo.
Hoje, com toda a experiência que
acumulei até agora e a visão pessoal da vida, eu percebo o porque de ser um
super-herói. Além de uma ética impecável, uma visão e uma prática do que é o
Bem. Eles são abdicados, pensam no futuro, no bem-estar do outros e com isso
ensinam lições preciosas as pessoas. Assim como eu queria ser. Os heróis são
modelos para todos. No entanto, existe algo que as pessoas não percebem a
respeito deles, a maioria das personagens que vemos têm um história marcada por
alguma tragédia, algo que os mobiliza a fazer diferente, a fazer a diferença. E
também, com a tentativa de mudar o destino, os heróis querem ser reconhecidos
em alguma medida.
Quando digo ser reconhecidos, me
refiro a estar numa posição em que os outros te vêem e te admiram. Ser herói é
ser aceito por todos. Para alguém com poucos amigos é um ponto forte para
impulsionar um desejo e um sonho.
No entanto, como fazer isso tudo sem
nenhum super-poder? Como ser reconhecido? Parece que nem sempre a realidade
consegue derrubar os nossos sonhos, encontramos formas diferentes de sonhar e
os adaptamos ao que nos é fornecido pelo real. Na medida que vivia minha adolescência percebi que tinha poderes, não super, mas fortes o bastante que
me permitiam fazer a diferença.
Descobri uma capacidade incrível de
ouvir o outro e de entender a sua realidade. Fazer com que a outra pessoa se
sentisse confortável e acolhida na minha presença. Percebi que as minhas
palavras poderiam dar esperança a corações cansados e incentivar as pessoas a
continuarem a viver, a realizar mudanças em sua vidas. Talvez não conseguisse
salvar a humanidade, mas encontrei um caminho que poderia salvar uma pessoa de
cada vez.
Fazer a diferença não implica em fazer coisas
grandiosas, faraônicas mas fazer aquilo que lhe faz bem, usar suas capacidades
ao máximo, sem desperdiçar nenhum talento e consequentemente ajudar as pessoas
no seu caminho a terem uma vida melhor.
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